domingo, 24 de outubro de 2010

As incógnitas da mídia impressa

O futuro do jornal impresso no Brasil é preocupante e incerto, vendo isto de vários aspectos, principalmente os políticos e econômicos, que são sem dúvida alguma as maiores preocupações dos jornais também.
Paramos para analisar no apectos político o seguinte ponto: Há menos de dois anos um dos prinicipais e mais tradicionais jornais do Brasil foi censurado, sendo proibido de dizer qualquer coisa a respeito do filho do presidente do senado, que é um dos principais aliados do nosso atual presidente da república. E com grande favoritismo a candidata a presidente do nosso presidente declarou no começo deste ano em convenção do seu partido que uma de suas metas de governo era a Limitação das Mídias. A partir daí e vendo o retrospecto de embate entre a candidata e seu padrinho contra a mídia, os jornais impressos ficam na dúvida quanto a uma possível censura as imprensas de oposição no país.
Já em várias partes no mundo a questão política também preocupa, pois é cada dia maior o número de presidentes que tentam censurar a imprensa ou de alguma forma tentam prejudica-la. No Irã, 110 jornalistas foram presos por questionarem a reeleição do presidente. Na Venezuela o canal de televisão Televisa não teve o seu contrato renovado com o governo e foi retirado do ar, pois era um canal de oposição. Na Argentina os dois principais jornais do país, que são de oposição a Presidenta, estão sofrendo de outra forma mas por influência da Chefe de Estado que subiu os preços do papel jornal em preços exorbitantes para que o jornal não consiga comprar papel para as suas publicações.
Na questão econômica a situação é mais preocupante que a questão política pois a situação piora a cada dia, pois apesar do número de assinaturas de jornais ter subido quase 10%, entre 2006 e 2007 segundo a WAN (World Association of Newspapers), sem contar que no mesmo período surgiram mais de 10 mil jornais ao redor do mundo, algo nunca visto antes. E a maioria são jornais de baixa qualidade, mas de fácil acesso financeiro de grande parte da população, fazendo que jornais mais tradicionais e de maior credibilidade, que tem uma excelente qualidade de produção tenha que diminuir a produção e/ou cortar gastos, o que significaria perder parte da credibilidade do veículo.
Outros fatores agravam a situação, como a dimuição do número de leitores ativos que vem acontecendo com a última geração, que também é uma população que já nasceu praticamente acessando a internet, que hoje tem grandes portais de notícias que passam notícias de credibilidade minuto a minuto e os principais jornais do país já se adaptam a essa nova fase do jornalismo, chamada de jornalismo 2.0.
Mas o que podemos concluir é que o jornal impresso não acabe, mas sim que ele diminua sua produção e consumo caia drasticamente com o passar dos anos com o aumento do acesso a internet essa queda tende se agravar, mas nada que acabe com ele, o que provavelmente acontecerá é o mesmo que aconteceu com o Disco de vinil, que ainda é produzido e consumido, o mesmo que aconteceu com o teatro, que diziam que sumiria com o surgimento do cinema, o mesmo com o rádio e outros meios tecnológicos, tiveram apenas uma diminuiçao de consumo e não um desaparecimento, e afinal de contas perderia totalmente a graça se deixássemos de abrir o jornal todos os dias cedo e tomar o seu café com uma manchete bombástica e fazer disso uma das pautas do seu cotidiano.